quinta-feira, 17 de abril de 2008

Impressiona mesmo

Participei hoje de uma audiência com o meu amigo Jair de Medeiros.

Foi nomeado pelo juiz Jair Facundes para defender um réu pobre. Por dever profissional aceitei a defesa. Nem só de pão o homem vive.

Aqueles que tentaram criar cizânia entre mim e o doutor Jair de Medeiros, devido a crônica que publiquei intitulada Uma tese difícil de ser pronunciada, perderam seu precioso tempo.

Doutor Jair, advogado acostumado ao contraditório, não se rende aos fuxicos e às malidicências de linguas mentirosas e invejosas.

No final da audiência, vi quando o doutor Jair saiu, retornando uns cinco minutos depois, com ar triunfante.

O Jair disse ao juiz que tinha um requerimento a fazer, e assim o fez.

Passou quase um minuto citando artigos e incisos de leis sem consultar nenhum Código. Fiquei admirado com tanta memória. Coisa bonita de se ver.

O juiz da audiência questionou-o sobre um determinado inciso, se realmente a numeração estava correta. "Está sim", disse o Jair.

Na dúvida, o magistrado consultou a Constituição, e era aquela numeração mesma.

Perguntei ao Jair, baixinho, ainda em audiência, como ele conseguia decorar aquilo tudo. Ele me respondeu sussurando, bem perto do meu ouvido:

- "Me preparei ali fora. Li tudo bem lidinho, antes de entrar, é assim que a gente faz para impressionar".

Bem, aprendi mais essa com o meu amigo Jair. Uma coisa eu garanto, impressiona mesmo.

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