quarta-feira, 16 de abril de 2008

A praga do celular nas audiências

O uso de celulares nas audiências virou uma praga.

Usa o juiz, usa o promotor, usa o advogado.

Às vezes a audiência é suspensa para que algum boçal possa atender a um chamado telefônico.

O engraçado de tudo isso é que a testemunha não pode atender celular, nem o reú, nem a assistência.

No Júri o jurado nem sonha em fazer o que os homens da lei fazem.

Já que o juiz, o promotor e o advogado atendem os celulares, todo mundo estar, a partir de agora, autorizado a atender também.

Se eles podem, as testemunhas podem, os réus podem, os policiais podem, todos ali podem. Vai virar um verdadeiro festival de toques de celulares.

Uns com a música do flamengo, outros com a música do corintians, outros com irritante "atende, atende o celular, atende, atende...", outros com o "amo você muito do tamanho do universo". E o beijo traz sonoridade ao ambiente.

Isso se chama princípio da isonomia, e estar albergada constitucionalmente. Se uns podem os outros podem também.

Quando o juiz começar a dar o exemplo, talvez a coisa mude, e a audência passe a ter a nobreza e a dignidade que se exige.

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