sexta-feira, 31 de julho de 2009

Um conselho de Confúcio para os advogados

No livro Os Analectos, que é um conjunto de ensinamentos de Confúcio, coletados por seus discípulos, encontramos um bom conselho do mestre, que pode ser aplicado na advocacia:

"Há nove coisas com os quais um cavalheiro deve dedicar seus pensamentos:

Enxergar claramente ao usar seus olhos.

Escutar acuradamente ao usar seus ouvidos.

Ter uma atitude cordial.

Ter um comportamento respeitoso.

Ser consciencioso ao falar.

Buscar conselhos quando estiver em dúvidas.

Prever as consequências ao ficar com raiva.

E, à vista de uma vantagem obtida, saber o que é correto".

Os Analectos é um livro de suma importância para a advocacia pelas valiosas mensagens morais que contém.

O advogado zeloso sabe que a Moral tem tanta importância na sua profissão quanto o Direito.

Podemos dizer que Confúcio foi um gigante advogado da moral, sempre apaixonado em ensinar aos homens o verdadeiro caminho do bem.

Certo discípulo lhe perguntou: "Existe uma palavra que possa ser um guia de conduta durante toda a vida de alguém?"

O filósofo respondeu:"Existe, a palavra é shu, que quer dizer, não imponha aos outros aquilo que você não deseja para si próprio."

Quem quer prosperar na profissão de advogado precisa conhecer e praticar os ensinamentos morais de Confúcio.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Estilo próprio de advogar

Cada advogado deve desenvolver seu estilo próprio de advogar. É aconselhável que se espelhe no que temos de melhor na nossa tradição. Mas nada de macaquear.

Quem assim procede perde a graça, o brilho, vira motivo de falatório. O estilo próprio deve fluir de acordo com a sua natureza. E quanto mais cedo descobrir o seu estilo, melhor para desenvolvê-lo, melhor para burilá-lo.

O mandamento é: seja você mesmo.

Eduardo Couture no livro Os Dez Mandamentos do Advogado ensina que "o estilo da advocacia não é a unidade, mas a diversidade. Busquemos na experiência de nosso tempo o bonus vir ius dicendi peritus, o advogado que simbolize toda a classe e, muito provavelmente, não o haveremos de encontrar".

Às vezes nos identificamos com determinada pessoa que admiramos, e se não nos mantivermos conscientes, somos levados a imitá-la.

Falo isso por experiência própria. Se tem uma coisa que eu valorizo como sagrado é o conhecimento oriundo da experiência.

Quando estagiário de direito, inconscientemente, mas em algumas oportunidades conscientemente também, imitava determinada pessoa que admirava, e que ainda admiro muito.

Certo dia, um promotor de justiça se aproximou de mim e disse-me que eu tinha um futuro dos mais brilhantes na advocacia, porém devia ficar atento para não imitar o jeito de determinada pessoa, porque isso ofuscaria meu estilo e atrapalharia meu crescimento profissional.

Que bom que alguém apareceu para mim e me fez essa crítica. Sou um sortudo desde o início. De pronto acatei o conselho, e desde lá venho procurando desenvolver meu estilo próprio, sem, é claro, deixar de admirar e de louvar e de agradeçer e de contemplar os grandes advogados criminalistas que inspiraram minha carreira profissional.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Deus manda na hora que mais se precisa

Atoleiro sem fim, na BR 364, no último final de semana, vindo de Tarauacá para Rio Branco.

Frio intenso.

Dormir na estrada.

Crianças pequenas.

Comida e água já escasseando.

Compromissos a cumprir.

Desespero dos viajantes.

Único recurso: a conformação.

A saída: só a misericórdia de Deus para salvar a gente numa situação dessas.

Aproveitei para ler algumas mensagens confortadoras de Masaharu Taniguchi, o iluminado fundador da Seicho-no-ie.

"Somos filhos de Deus perfeitos e maravilhosos, tudo acontece para o nosso bem. Agradeça o que tem ao invés de lamentar o que não tem. Aprenda com as experiências. Na hora certa a ajuda de Deus virá".

Lembrei-me da frase de uma música que gosto muito de ouvir: "Deus manda, Deus manda na hora em que mais se precisa".

E agradeci pela vida, pela saúde, pela liberdade, por tudo de bom que Deus nos oferece.

Realmente foi mais uma lição enriquecedora na minha vida, vinda direto da experiência, e que filósofo algum, e que professor de auto-estima algum poderiam me oferecer.

O falso conhecimento

Certa vez, foi apresentado ao filósofo Osho, um homem que gabava-se de possuir 24 mestrados em áreas diferentes do saber, sendo este um record mundial. Nenhum outro ser humano jamais conseguiu ter 24 mestrados em 24 assuntos diferentes.

Era um verdadeiro ostentador de títulos, aliás esse era seu objetivo.

Conta Osho em seu livro Teologia Mística: Discursos sobre o Tratado de São Dionísio, que quando olhou nos olhos do homem não conseguiu ver inteligência, até o jeito do homem de falar era estúpido. Não possuía nenhuma agudeza de espírito, nenhuma beleza vinda do interior.

Também já vi pessoas ostentando títulos e mais títulos acadêmicos, mas quando abrem a boca para falar, que decepção! Falta inteligência, espirituosidade, riqueza da alma.

De outra banda já presenciei muitas pessoas sem título algum esbanjando inteligência, presença de espírito, luz boa no olhar, beleza no falar, carisma, vigor na mente, senso de justiça.

O verdadeiro conhecimento é o autoconhecimento, daí porque tantas vezes Sócrates insistia na frase: "conhece-te a ti mesmo e conhecerás os outros e o universo inteiro."

De nada adianta acumular tantas informações, e não provar da fonte do conhecimento que brota do interior da alma humana, e pior do que isso, de ignorar a existência desse conhecimento... miséria maior não há.

O magnetismo pessoal

As ideias abaixo tirei do livro O Poder da Influência Mental, de William W. Atkinson, um clássico do Pensamento Positivo.

A influência mental, desenvolvida em certo nível, é usada por todos os que se dão bem em sua profissão. E o sucesso conquistado sempre inspira outras pessoas para seu trabalho.

Vemos homens que são capazes de influenciar aqueles ao seu redor de maneira misteriosa e maravilhosa, tanto pelos seus poderes de persuasão ou por seu poder de vontade forte.

Certas pessoas parecem ter alguma coisa que as faz atrativas ou bem sucedidas nas suas relações com outras pessoas.

Oradores, atores, pregadores, empreendedores, professores, enviam correntes fortes que tendem a produzir condições mentais sobre parte dos seus ouvintes, que são atraídos pelo magnetismo que emana de suas mensagens.

Esse magnetismo pessoal faz com que o homem de negócios rapidamente prospere em seus empreedimentos.

Esse magnetismo pessoal faz com que advogados caiam nas graças do povo com forte poder de dirigir a opinião pública.

Esse magnetismo pessoal faz com pregadores lotem templos atraindo pessoas para sua poderosa mensagem.

O que existe de comum entre eles?

A firmeza do pensamento e o querer inabalável de conquistar seus ideais.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Palavras que fazem o coração vibrar

Dois filósofos por quem cultivo grande admiração falam a respeito da palavra.

Foram homens sábios que manejaram, com perfeita forma, e incansavelmente, a arte da palavra, para servir a humanidade, e por isso são autoridades no assunto.

"Algumas palavras vêm dos sentimentos, outras surgem do intelecto. Procure deixar de lado as palavras do intelecto, use cada vez mais as dos sentimentos. Seja poético, escolha as palavras com sensibilidade, com amor e carinho". Osho

"Seu discurso deve ser lírico e doce, e universal como a origem dos ventos." Emerson

terça-feira, 21 de julho de 2009

A ciência para ser grande advogado

No livro A Ciência para ser grande, encontrei a seguinte passagem, escrita por Wallace D. Wattles, no ano de 1910:

"Se um jovem estudante de direito deseja se tornar brilhante, imagine-se assim, como um grande advogado, defendendo seu caso com eloquência e poder inigualáveis na presença do juiz e do juri, com domínio total da verdade, do conhecimento e do bom senso. Descreva-se como um grande advogado em toda situação ou eventualidade possíveis.

Conforme a forma de pensamento cresce de maneira mais definida e habitual em sua mente, energias criativas de dentro e de fora são colocadas para funcionar, o que possibilita a manifestação exterior de sua visualização interior. Nada pode impedi-lo de se tornar o que quiser.

Quando decidir o que quer ser, forme o mais alto conceito dessa idéia que você puder imaginar, fazendo desse conceito uma forma de pensamento. Mantenha-a como um fato, como uma verdade real a seu respeito e acredite nisso.

Pense bem a respeito desses conselhos, nós somos aquilo que pensamos.

Se você tiver podendo compreender, usará o caminho indicado pelo autor para triunfar e ser grande na sua carreira de advogado, ou em outra que desejar seguir.

Nascemos para evoluir, para explorar todo o nosso potencial de seres divinos, e não podemos contrariar a natureza impondo-nos limites e fraquezas.

Para os despertos, para os filhos do Universo o céu é o limite.

Entusiasmo: o tesouro do advogado

Mais uma vez recorro ao poema Desiderada para iniciar uma reflexão a respeito da nossa profissão de advogado.

O que falo aqui pode ser aplicado a qualquer profissão.

"Mantenha-se interessado em sua carreira, por mais humilde que seja, ela é um verdadeiro tesouro na contínua mudança dos tempos".

Ninguém pode ter sucesso em um ofício se perder o interesse por ele, o entusiasmo por ele.

Todos os grandes advogados eram homens entusiasmados pela advocacia.

Os gregos antigos chamavam o entusiasmo de deus interior. É um estado mental e sentimental de uma pessoa inspirada, que parece estar sob a influência de um poder superior.

O entusiasmo é um imã, atraindo e irradiando forças para todas as direções e influenciando todos ao seu redor.

Sem entusiasmo não há vitória, pois o entusiasmo é o maior de todos os poderes internos do homem. Lembre-se que a palavra é de origem grega e etimologicamente explicando significa deus interior.

O profissional entusiasmado pelo que faz apresenta em torno de si uma aura de êxito, e um poderoso campo vibracional de sucesso.

O homem privado de entusiasmo perde sua força, seu magnetismo, seu brilho.

Um boa argumentação jurídica só pode tocar, convencer se vier acompanhada da cordial qualidade do entususiasmo. Disse Napoleon Hill: "O entusiasmo é o fator mais importante que entra em uma profissão: é também um fator vital na arte oratória".

Em diversos momentos da vida do advogado, o entusiasmo some, evapora-se, colocando todos a prova. Você fica sem cor, sem brilho, sem energia, sem vontade, sem poder. Muitos abandonam a profissão. Outros vão empurrando com a barriga enquanto a barriga cresce mesmo.

É aí que entra a força do chamado, da vocacão. Mesmo passando por momentos de falta de entusiasmo, o homem que ama o que faz, mantêm a firmeza do pensamento, ergue seus olhos para a mais alta estrela, segura firme no timão, pede a ajuda do alto, e a presença do deus interior novamente vai aparecendo.

Depois que readquirir o entusiasmo, o advogado analisa por que o tinha perdido, e passa a valorizá-lo ainda mais, como um verdadeiro tesouro na contínua mudança dos tempos.

Dias desses uma mensagem simples me veio, fruto de uma experiência própria, como um resumo do que disse acima: o maior tesouro que uma pessoa pode ter em relação a sua profissão é manter o entusiasmo por ela.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A voz dos anjos

A voz tem papel fundamental na comunicação.

Segundo a Neurolinguística a palavra representa 7% da capacidade de influência sobre as pessoas.

A voz representa 38% do poder da comunicação.

E a postura corporal 55% da força persuasiva.

Qual seria, então, a melhor voz para ensinar, para cantar, para persuadir?

Fico com a opinião de William Walter Atkinson, expressa no livro o Segredo do Sucesso.

"O valor de uma voz vibrante, ressonante, suave e flexível é imenso. Se você tem esse tipo de voz, você é um abençoado".

E eu acrescento, baseado em algumas meditações que tenho feito: além de vibrante, ressonante, suave e flexível a voz deve ser reluzente, pacífica e amorosa.

É a voz de Cristo pregando no Monte.

De Buda ensinando seu povo.

De Salomão distribuindo a sua ciência.

É a voz dos céus. É o ideal de voz, é a voz dos anjos.

"A advocacia é a melhor escola da vida"

" Procura considerar a advocacia de tal maneira que, no dia em que teu filho te peça conselho sobre seu futuro, consideres uma honra para ti aconselhá-lo que se torne um advogado". Couture

Todas as quintas-feiras advogados criminalistas se encontram no Plenário da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça para sustentar oralmente as razões seus pedidos.

A Câmara é composta de três desembargadores: doutor Arquelau, doutor Praça e doutor Feliciano.

Ainda são poucos os advogados que exercem a advocacia na segunda instância, junto dos desembargadores, combatento ou defendendo as decisões dos juízes de primeira instância.

É um local de muita aprendizagem jurídica, e de vida também, de ricos debates entre advogados, procuradores e desembargadores.

O aluno ou o estagiário que se propor a crescer deve acompanhar esses julgamentos.

Recentemente, o filho do desembagardor Arquelau de Castro Melo, estudante de direito, esteve presente em uma dessas sessões, e ouviu de seu pai um singelo conselho:

"Meu filho está aqui porque quer também seguir a carreira jurídica. Tem o caminho da Magistratura, do Ministério Público e da Advocacia. Pode ser juiz se depois quiser. Mas o caminho é a advocacia que é a verdadeira escola da vida".

Ouvi outra vez também do desembargador Arquelau de Castro Melo a seguinte afirmação: "O advogado é a maior autoridade do país porque pode processar até o Presidente da República."

Outra vez também ensinou: "Ninguém pode andar se melindrando com a indignação do advogado. É um profissional passional, não pode ele ficar indignado a vida inteira, mas pelo menos nas vinte e quatro horas depois de uma decisão desfavorável a seu cliente isso pode, é humanamente compreensível".

Todas essas afirmações demonstra a sensibilidade e a inteligência de seu conteúdo, e o respeito que o desembargador Arquelau Melo tem pela advocacia, tendo sido ele mesmo conceituado advogado, sempre ligado as questões de interesse público.

Gostei muito da frase e repito à maneira de degustação:

"A advocacia é a melhor escola da vida".

sexta-feira, 17 de julho de 2009

A fala do coração e a fala do intelecto

"Só se vê bem com o coração". Pequeno Príncipe

Só se fala bem com o coração.

William Walker Atkinson, especialista nos estudos das capacidades mentais dos homens e inspirador do livro The Secret, nos explica a diferença que existe entre a palavra que brota do intelecto e a palavra que nasce do coração:

"Alguns de nós são quentes, atraentes, inspiram amor e amizade, enquanto outros são frios, intelectuais, pensativos e razoáveis, mas não magnéticos.

Deixe um homem letrado - deste último tipo que mencionamos -, falar em público, e por mais conteúdo que haja o seu discurso, manifestará sintomas de sonolência nos ouvintes. Ele fala para o público, mas não para o interior do público, ele os fazem pensar, não sentir, o que é cansativo para a maioria das pessoas.

Algumas oradores apenas esperam que as pessoas pensem e entendam e não percebem que elas devem sentir.

As pessoas pagam bem mais para que as façam a rir enquanto pouparão uma moeda de dez centavos para a instrução ou para uma conversa que os faça pensar.

Pegue um homem não culto, mas muito amável, maduro e suave, com um décimo de erudição lógica do intelectual e ele será capaz de levar o público com uma facilidade bem grande, deixando-o desperto, porque as pessoas ouvem cada palavra de seus lábios como se vissem o lugar onde está escondido um tesouro.

O motivo disto é claro: o coração está à frente da cabeça, a alma à frente da lógica, e isso o dá sempre vantagem".

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Esopo: o advogado de si mesmo

Esopo foi o maior fabulista que já existiu.

Ensinava os homens por meio das fábulas, histórias curtas que usam os animais como personagens concluindo sempre com um ensinamento moral, ora expresso ora tácito.

Para o filósofo Aristóteles a fábula de Esopo é um ótimo recurso de persuasão, exatamente pela forte lição que encerra.

Embora possuidor de um formoso espírito, Esopo era feio de rosto, um aremedo de gente, e além disso era gago. Por essa condição foi vítima de muitas chacotas e brincadeiras pesadas, principalmente daqueles que o ojerizavam.

Conta La Fontaine, outro memorável fabulista, que certo dia o patrão de Esopo foi visitá-lo, e no caminho recebeu algumas frutas de presente, e quando lá chegou ordenou a um de seus servos que as guardasse para que quando retornasse de um delicioso banho pudesse saboreá-las.

Alguns vizinhos da redondeza, aproveitando a situação, às escondidas, comeram as frutas, atribuindo o furto a Esopo, certo de que ele não conseguiria se livrar da acusação, gago que era e idiota que parecia.

O castigo inflingidos aos escravos faltosos era desumano, ainda mais o crime imputado a Esopo.

Quando seu patrão soube do ocorrido sentenciou Esopo, mas este se jogou aos pés do amo pedindo que lhe concedesse a graça de adiar os castigos por um instante.

Tendo-lhe sido concedido a graça, Esopo correu a buscar água morna, bebeu na presença do amo, enfiou o dedo na garganta e vomitou apenas água.

Apresentada a convincente defesa, Esopo pediu para que o amo ordenasse que os outros fizessem o mesmo, o que causou grande surpresa, sendo inacreditável que tal idéia partisse de um homem com aparência tão ignorante.

A ordem foi dada. Os verdadeiros culpados tiveram que beber água morna e enfiar o dedo na garganta, e como não poderia deixar de ser, as frutas saíam pelo vômito dos impostores, ainda em estado bem aparente.

Esopo salvou-se e os acusadores foram duplamente punidos, pela gulodice e pela maldade.

terça-feira, 14 de julho de 2009

A oratória do Rei Salomão

No livro Salomão, o homem mais sábio que já existiu, de Steven K. Scott, famoso palestrante na área de realização pessoal e profissional, é dedicado todo um capítulo a estudar a oratória do grande Rei.

Salomão ensinou a humanidade grandes segredos na arte da comunicação, como as palavras corretas, o tom de voz suave, as expressões faciais sinceras, o bom humor, a linguagem não- verbal, a hora certa para se falar e a maneira de dizê-las.

Cada frase abaixo precisa ser bem guardada na nossa consciência, pois provém das mais elevadas alturas .

"O coração do sábio torna a boca sensata e seus lábios, ferramentas de persuasão".

"A palavra branda aplaca a ira, a palavra ferina atiça a cólera".

"Há aqueles cuja fala é como uma espada cortante; mas a língua do sábio e como bálsamo".

"A língua suave é a árvore da vida".

"A palavra tem poder sobre a morte e a vida - e aqueles que a escolhem comerão do seu fruto".

"As palavras ditas na hora certa são como maçãs de ouro em bandejas de prata".

"A língua dos sábios torna o conhecimento agradável".

"Vês um homem precipitado no falar? Espera-se mais do insensato do que dele".

"Aquele que responde antes de escutar terá a tolice e a confusão".

"Nas muitas palavras não falta ofensa; quem retém os lábios é sábio".

"Da boca do justo jorra a sabedoria".

"Os lábios do mentiroso encobrem o ódio; quem difunde calúnia é insensato".

"Os lábios dos justos alimentam a muitos".

"A alegria de uma homem está na resposta que sai de sua boca: como é boa uma resposta oportuna".

"Aquele que ama o coração puro e é gracioso no falar terá a amizade do rei."

Segundo Steven Scott a boa comunicação é a chave que abre qualquer porta. E seguindo os ensinamentos do Sábio Rei podemos conquistar mais progresso material e espiritual em nossa vida.

E conclui o autor: " A maneira como nos comunicamos é parte integrante do que somos. É extremamente gratificante saber que se oferecermos palavras de sabedoria não só influenciaremos positivamente a vida de outras pessoas, como também poderemos trazer alegria e satisfação para a nossa".

A suave e a pesada oratória

"Há aqueles cuja fala é como uma espada cortante; mas a língua do sábio é um bálsamo". Rei Salomão

A suave oratória é aquela que você ouve o locutor sem nenhum constrangimento.

A suave oratória assemelha-se à harmonia musical, e à beleza poética, libera no ouvinte a endorfina, o hormônio do prazer, do bem-estar, do conforto, do bom humor, da alegria, do relaxamento, da tranquilidade . É isso que uma palavra bem dirigida, bendita, é capaz de proporcionar no espírito humano.

Mas temos também a oratória pesada, que libera no emissário a adrenalina, o hormonio que eleva a tensão, o stress, a contração dos músculos, o nervosismo, trazendo a alma uma sensação de sufocamento.

Como escrevi dias atrás, devemos falar nossa verdade clara e mansamente. De forma suave, educada, firme, cortês, equilibrada, positiva, terna, segura, corajosa, consciente.

Ou seja, filiar nossas palavras nas altas vibrações da inteligência universal, colocando a sua oratória a serviço dos verdadeiros valores cultivados pela consciência dos homens de bem.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Tudo vem na estação certa

No mesmo rio nós pisamos e não pisamos.
Não se pode pisar no mesmo rio duas vezes.

Tudo flui e nada permanece.
Tudo cede e nada se fixa.


As coisas frias se tornam quentes e as quentes, frias.
O úmido seca, o ressecado umedece.

É pela doença que a saúde dá prazer.
Pelo mal que o bem apraz.
Pela fome, a saciedade.

Pela exaustão, o repouso.
É a mesma e uma só coisa estar vivo ou morto, despertoou adormecido,
jovem ou velho.

Em cada caso, o primeiro aspecto torna-se o último,
e o último, novamente o primeiro, por uma súbita e inesperada reversão.

Eles se separam
e depois se unem novamente.

Tudo vem na estação certa.

Heráclito

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Na escola da vida se exige atenção

A vida realmente é uma grande escola. Feliz daquele que compreende isso.

A cada dia, a cada momento temos oportunidade de aprender, de crescer, de compreender, de estudar as lições que o mundo nos oferece.

O que vai acontecer daqui a pouco, ninguém sabe. É sempre uma surpresa.

É por isso que o poema Desiderata nos ensina que devemos cultivar a força do espírito para nos guarnecer de um inesperado infortúnio.

Recebi dias desses, em meu escritório, um homem já de meia idade, que de uma hora para outra viu sua vida desmoronar-se por determinada situação que passou.

Contou-me que perdeu o controle e que se entregou de corpo e alma para a raiva que surgia naquele instante. O resultado: foi para prisão, adquiriu inúmeros inimigos, quase perdia o emprego e teve que pagar o advogado para promover a sua defesa.

Ou seja, tudo isso foi uma lição de vida para aquele homem, que surgiu inesperadamente, mas que faltou a força do espírito para se defender do infortúnio, que todos nós estamos sujeitos a atravessar.

Aprendemos muito observando o que acontece ao nosso redor. E o que aconteceu com aquele meu cliente me serviu de lição também. Deixou-me mais alerta, mais atento, mais ligado, mais consciente, mais desperto, mais vigilante, mais acordado, pois a gente nessa condição consegue atravessar os desertos da vida com muito mais sabedoria.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A lógica do advogado

A lógica é uma espada de dois gumes, pode provar e pode refutar o que provou. Pode ser ao mesmo tempo a favor e contrária à mesma coisa.

Vejamos a história que Osho conta em seu livro Harmonia Oculta, que bem ilustra o poder da lógica:

"Conheci um advogado, um dos melhores, famoso, uma verdadeira autoridade em leis, mundialmente reconhecido. Seu grande problema era ser distraído demais.

Certa vez, numa Assembléia em Londres, ele estava defendendo um marajá indiano. Era um grande caso.

Ele começou a falar, distraídamente, e argumentou durante uma hora contra o seu próprio cliente.

O juiz ficou preocupado. O promotor não acreditava no que estava acontecendo, não tinha mais nada a dizer contra o acusado, pois tudo estava sendo dito pelo próprio advogado. Seria uma estratégia?

Tudo ficou virado de pernas para o ar e a Corte não sabia o que estava se passando ali.

O homem era uma autoridade tão grande que ninguém ousou questioná-lo. Até seu assistente tentou várias vezes lhe falar alguma coisa, mas em vão.

Quando acabou, o assistente sussurou em seu ouvido: "você condenou seu próprio cliente, destruiu sua reputação, ao invés de defender você o acusou, como você pode fazer uma coisa dessas.

O advogado, após ouvir o que seu assistente falou, de imediato, disse ao juiz: "Meretíssimo, estes são os argumentos que podem ser usados contra meu cliente - agora vou contradizê-los um a um".

E começou e de tão convincente e lógico que foi acabou vencendo o caso.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Eloquência positiva é a palavra coroada da natureza

"Eloquência positiva é aquela que persuade com doçura, não com violência, ou seja, como um rei, não como um tirano." Blaise Pascal.

A eloquência positiva busca o que existe de melhor no Universo.

É usada para construir.

É instrumento do bem.

Para a fazer a justiça.

Para consagrar a verdade.

A eloquência como arte de grande utilidade e beleza é amorosa, moderada e natural.

Só pode florescer num coração pacífico, numa mente sã, numa voz reluzente.

Como dizia o filósofo voltaire, a eloquência é o pensamento em forma de arte. É a palavra coroada.

E eloquência rima com frequência.

Nas mais altas frequências positivas da fonte universal devemos buscar a inspiração para os nossos pensamentos, para os nossos sentimentos, para as nossas palavras, para as nossas ações.

Eloquência é tudo isso, pensamento, sentimento, palavra, ação, pura consciência. É a harmonia, é a sintonia, é a voz manifestada do poder da natureza.