quarta-feira, 30 de junho de 2010

A arte de dizer só o necessário

Objetividade, essa é uma das qualidades mais exigidas na oratória moderna. Além de cansar, ninguém tem mais tempo para ouvir um orador prolixo.

Elias Farah, no livro Caminhos Tortuosos da Advocacia, nos ensina que "a verdadeira eloquencia consiste em dizer útil e conveniente tudo o que seja necessário, mas tão somente o necessário".

E continua: "A regra é simples: o advogado não deve fazer afirmações despicientes no processo, principalmente se carentes de relevância jurídica. O advogado tem o direito, senão também o dever de dizer, quando necessário, tudo o que interesse à eloquencia das suas razões, mas há uma arte de dizer só o necessário. Os fóruns estão entulhados de palavras inúteis. Ser palavroso nunca foi predicado dos sábios, ou dos prudentes".

Fica aí a lição para que possamos exercitar, em todas as oportunidades, a arte de dizer só o necessário, sem olvidar, que a objetividade jamais deve prescindir de outras qualidades, tais como a pertinência e a profundidade de nossas palavras.

Relebremos os antigos que, ao falarem a respeito da eloquencia a seus discípulos, davam esse toque de mestre : Esto brevis et placebis. Seja breve e agradarás.

Nenhum comentário: