sábado, 30 de outubro de 2010

Viagens retóricas de um criminalista

Do livro O Criminalista, de Vinícius Bittencourt:

"Vivia em permanente exercício da palavra para dar a minha prosa, escrita ou falada, o poder da doutrinação filosófica, aliada a harmonia poética e a penetração musical.

Minha oratória transportava os ouvintes a todas as épocas históricas, fazendo-os visitar palácios, templos, presídios, túmulos, teatros, praias, necrotérios, jardins de infância, monumentos, parques, museus, bibliotecas e tudo o que se pode imaginar.

Minha peça de defesa era a exposição científica e simultaneamente romântica, patética, da paixões que exaltam ou deprimem a alma humana. Nela desfilavam, com suas criações antológicas, dramaturgos e poetas. De Shakespeare, Byron, Dante, Ghoete, Petrarca, Camões, Castro Alves, , Baudelaire e muitos outros, sabia eu, nos originais e de cor, os mais brilhantes textos".

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A Representação da OAB no TRE/AC

O artigo abaixo é do doutor Valdir Perazzo Leite, conceituado Defensor Público, atuante em 2ª Grau. Concordo com ele e levanto esta bandeira!

O Tribunal Regional Eleitoral reuniu-se hoje, sem o representante da Ordem dos Advogados do Brasil. Reuniram-se apenas seis dos sete membros, em face de renúncia de um dos seus integrantes ocorrida na data de ontem.

É extremamente salutar que o sodalício eleitoral seja integrado por juristas oriundos da classe dos advogados, conforme sabiamente previu o legislador constituinte em 1988.

O advogado militante leva para os tribunais eleitorais - presume-se – suas experiência na difícil arte da advocacia. Estes profissionais adquirem, no exercício desse mister, profundo conhecimento da psicologia humana, desde que efetivamente tenham exercido tal profissão.

Os demais integrantes do colégio são oriundos das carreiras jurídicas. Os jovens hoje, após conclusão da graduação em direito, e uma vez aprovados na OAB, já se preparam subseqüentemente para os difíceis concursos da magistratura. A experiência de advocacia dos magistrados é muito pequena.

Justifica-se plenamente que os tribunais eleitorais sejam integrados pelos advogados. Grandes juristas, oriundos da classe dos advogados, já passaram pelos tribunais eleitorais: Evandro Lins e Silva, Sepúlveda Pertence, Paulo Brossard, Nelson Jobim e muitos outros.

A Ordem dos Advogados do Brasil, que tem como um de seus fins a defesa da Constituição, da ordem jurídica, do Estado Democrático de Direito, os direitos humanos e a justiça social, integrando esses tribunais eleitorais, atinge o escopo previsto em seus Estatutos.

Pois bem. O processo de escolha dos representantes da classe dos advogados junto aos Tribunais Eleitorais necessita ser aperfeiçoado e ganhar mais transparência junto à sociedade.

Ninguém entra na magistratura sem submeter a um difícil certame público, de provas e títulos, num processo que compreende várias fases, perante uma exigente comissão examinadora, inclusive com a fiscalização da OAB.

Para ser membro de um tribunal eleitoral, o candidato advogado submete seu currículo ao Conselho Seccional da OAB, sem que a opinião pública tenha o conhecimento necessário sobre o postulante. Muitas vezes não tem os atributos que a Constituição Federal exige nos seu aludido art. 120.

Esse processo de escolha é vulnerável às pressões políticas. Um magistrado deve ter independência, sob pena de não poder exercer a missão a que se propõe, e não contribuir para a democracia que queremos no país.

No último pleito eleitoral para a Ordem dos Advogados do Brasil, Secção do Acre, nós que fizemos parte da oposição a atual direção, fizemos uma proposta visando o aperfeiçoamento do processo de escolha dos representes da OAB no Tribunal Regional Eleitoral.

Propusemos que os representantes da categoria dos advogados junto ao TRE fossem eleitos por todos os inscritos na OAB, em processo eleitoral amplamente divulgado, de forma que toda a população conhecesse suas propostas e suas biografias, tornando o processo transparente e imune a injunções políticas.

Eis novamente a proposta em debate, se quisermos melhorarmos nossas instituições jurídicas.

Acima dos problemas diários

Vamos chamar assim: problemas diários. Aquelas situações que precisamos resolver, solucionar. Até onde eu sei ninguém está livre deles. Faz parte da nossa condição de seres ainda imperfeitos. Problemas de todos os tamanhos estão sujeitos a aparecerem em casa, no trabalho, nas relações sociais.

Problemas todos temos. Mas o que nem todos têm é a iniciativa, a prontidão, a disposição, a coragem, a determinação para resolvê-los.

Alguns preferem se lamentar, mergulhando no marasmo da moleza, da preguiça, da fraqueza, da procrastinação.

Problemas só são problemas quando não estamos dispostos a solucioná-los. Quando encaramos os problemas de frente, quando combatemos o bom combate, quando não fugimos da peleja, os problemas não parecem - e não são realmente - tão assustadores e insolúveis, e servem para nos aperfeiçoarmos na nossa longa jornada pela vida.

Por isso que desde criança ouvimos o velho ditado "não deixe para fazer amanhã o que se pode fazer hoje". Isso é viver o presente, é viver o aqui e o agora, isso é ser forte, isso é ter confiança em sua capacidade, isso é ser líder de si mesmo, isso é ser homem acima de seus problemas diários.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Autorresponsabilidade e autoconhecimento

Entre as ciências que se ocupam do estudo do crime se encontra a Vitimologia, que é o estudo da participação da vítima na conflagração do delito.

Existem situações em que as vítimas atraem seus algozes como as ovelhas atraem os lobos, sendo as verdadeiras responsáveis pelos crimes que sofrem.

Na vida do cotidiano também é assim. Algumas pessoas se tornam vítimas, se vitimam, jogam a culpa nos outros, olham para fora e esquecem de olhar para si mesmas.

Já ouvi um Grande Mestre dizer que a pessoa que fica a vida toda dando uma de vítima se acha estagnada no caminho da evolução.

O grau de maturidade de uma pessoa pode ser facilmente evidenciado diante da atitude que ele tem em relação a sua autorresponsabililidade.

O homem maduro, que cresce em consciência, assume a responsabilidade por tudo o que acontece em sua vida, pois ele sabe que ela é, nada mais nada mesmo, que construção dele mesmo, e só quando assim age é que começará a ter vislumbres do sabor do autoconhecimento.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A verdadeira alquimia

Sinta...! veja...! ouça...! viva...! a beleza das palavras de Osho, desse grande orador da vida espiritual, que garimpei de seu livro Consciência: A Chave para Viver em Equilíbrio:

"O único pecado que existe é a inconsciência, e a única virtude é a consciência.

É impossível violentar, roubar, matar, mentir, torturar, enganar, violentar se você está consciente.

É só quando a inconsciência prevalece que, nas trevas da inconsciência, todo tipo de inimigo invade você.

Eu não ensino ninguém a ter moral, não ensino ninguém a ter virtude porque sei que, sem consciência, a moral e as virtudes são apenas pretensões, pura hipocrisia.

Só ensino uma coisa: a consciência é a chave-mestra. Ela abre as fechaduras da existência.

Meu trabalho consiste em transformação. Minha escola é uma escola de alquimia. Eu quero que você seja transformado, passe da inconsciência para a consciência, das trevas para a luz.

Eu quero que você viva de acordo com você mesmo, com a sua introvisão, com o seu próprio lampejo de percepção.

Quando se chegar ao ponto de absoluta consciência você simplesmente só faz o que é bom.

O homem de consciência não é obcecado por nada, não é apegado a nada. É simplesmente descontraído, calmo, silencioso, tranquilo, sereno, senhor de si.

Quando isso brota naturalmente em você, há uma beleza, há uma graça, há um magnetismo, há uma a simplicidade, há uma humildade, há um toque que vem de Deus".

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Somos todos milionários

Estava lendo uma interessante reflexão de Yoshihico Iuassaca, em seu livro a Prosperidade em suas Mãos. Yoshihico é membro da Seicho-No-Ie do Brasil e grande divulgador do pensamento positivo.

Ele diz na sua obra que todos somos milionários.

Quem toparia perder os olhos em troca de um milhão de reais? Quem gostaria de trocar uma perna ou um braço em trocar de outro milhão. Quem gostaria de perder sua sanidade mental em troca de outros tantos milhões.

É por isso que somos todos milionários, mas muitas vezes não conseguimos ver as bençãos que Deus nos dá diariamente.

O sol é de graça, o ar que respiramos é de graça, a vida é de graça, e tudo isso não tem preço, é invendável. Quando reconhecemos tantas maravilhas em nossa vida, quando somos gratos a Deus por tantos milagres, conseguimos abrir as portas da prosperidade, do progresso, da vida feliz.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

"Por isso é que vivo ralando"

Ele instalava o ar-condicionado de minha biblioteca, quando de repente pára, olha fixamente, fica absorto na quantidade de livros, e me pergunta, espantado:

- O senhor já leu tudo isso, doutor?

-Não, tudo não, mas até um bocado já li - respondi-lhe com sinceridade.

- É por isso que eu vivo ralando, por não gostar de ler - constatou ele com tristeza.

Existe alguma relação entre a qualidade de vida de uma pessoa com o gostar ou não do exercício da leitura?

Sim, existe, vamos deixar de lado as exceções.

Se a pessoa gosta de ler geralmente vai bem nos estudos. Se vai bem nos estudos consegue se capacitar melhor. Se consegue se capacitar melhor tem mais chances de ter um bom emprego. E tendo um melhor emprego tem uma qualidade de vida mais digna.

Eis o que sabiamente constatou, sem fazer esse jogo explicativo que fiz, o homem que instalou meu ar-condicionado. Sou grato a ele, porque posso ler um bom livro num ambiente bem refrigerado. E graças a ele é que puder escrever esta reflexão de hoje.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A autoestima

Depois de uma semana de intenso trabalho, só agora estou podendo atualizar este espaço, que para mim é um dos lugares que eu gosto de estar, já que é muito bom escrever.

Ontem, enquanto aguardava a chegada de minha mãe de Tarauacá, resolvi adentrar na banca de revista que fica no aeroporto e decidi comprar o livro O Poder das Afirmações Positivas, de Louise Hay, famosa escritora de livros de autoajuda.

Há quem critique os livros desta natureza. Eu os leio e aprecio, sempre encontrando belas lições de vida.

Os livros de autoajuda, embora tenham virado uma espécie de moda, sempre existiram na história da humanidade, sendo a própria Bíblia um deles, o maior deles.

São livros que apresentam uma filosofia positiva, prática, útil, visando transformar para melhor a consciência da humanidade. Não costumo perder mais meu tempo lendo alguns famosos filósofos, que se estudam na academia, que só falam de angústia, de negatividades, de ausência de sentido de vida, de materialismo, e outros assuntos, que ao invés de levar o homem para cima, o puxa para baixo.

Em determinada parte do livro diz Louise Hay: "Todo pensamento positivo traz benefícios para a sua vida. Todo pensamento negativo leva embora as coisas boas e as coloca fora de alcance".

Para muitos isso parece uma obviedade, para outros, uma fantasia, para outros tantos, um charlatanismo. Para mim, um jeito melhor de viver.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O impulso vocacional

A vocação é algo misterioso, é força poderosa que comanda o indivíduo a um destino.

Nasceu para ser isso, e será infeliz se for aquilo.

A vocação vai rasgando caminhos, queimando etapas, derrubando obstáculos, criando oportunidades.

É uma força atrativa, quão grande quanto a fé. É magnética.

Disse que a vocação é quão grande quanto a fé, mas acredito que a vocação é filha da fé, aquela inabalável confiança no futuro, que faz com que homens antevejam no pensamento seus passos além.

Tenho um amigo tarauacaense chamado Alfredo Abreu, que já aos 13 anos de idade teve todas as oportunidades para ser um ator da Rede Globo, mas dizia firmemente para seus proponentes que queria ser piloto de avião. E hoje voa feliz pelos ares da Amazônia.

Isso confirma o que eu falei, que a vocação é um impulso misterioso da alma humana. De onde vem? De algum lugar longínquo de nosso interior, que cabe a cada um descobrir a resposta por conta própria.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Todos querem vencer

Todos querem vencer na vida. Todos querem ser felizes, realizar seus sonhos, concretizar seus ideais, saciar seus anseios.

Mas todos querem se preparar para isso?

Nem todos. Existem aqueles que pensam que a vitória vem sem as lágrimas, sem a dor, sem o esforço, sem as dúvidas, sem as angústias, sem as dificuldades, sem o suor.

Todos querem vencer, mas nem todos querem se preparar para vencer, porque se preparar para vencer exige permanente trabalho, contínua determinação.

A vitória conquistada sem esforço é uma vã ilusão, passageira, se derrete no ar, não tem substância. A verdadeira vitória pertence aqueles que se preparam para vencer.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A fonte da sabedoria

Onde está a fonte da sabedoria?

Lendo o belo Livro de Mirdad, de Mikhail Naimy, o Mestre Mirdad, assim ensina aos seus oito companheiros:

"Tudo é fonte de sabedoria para o sábio".

A dor e a alegria; o sucesso e o fracasso; a pobreza e a riqueza; a vida e a morte. Tudo é fonte de sabedoria para o sábio.

Quando o homem alcançar esse grau de compreensão, de ver a fonte da sabedoria em tudo que acontece, pode-se dizer que ele alcançou a verdadeira riqueza, o verdadeiro conhecimento, a verdadeira glória.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O analfabeto espiritual

Desde menino conheço o famoso texto de Bertolt Brech, O Analfabeto Político. De lá para cá seria impossível contar quantas vezes o encontrei na minha frente. De modo que o texto, de tão citado, perdeu um pouco de sua força persuasiva.

Em grande parte concordo com o grande poeta, mas não vejo que o analfabetismo político seja o pior tipo de analfabetismo - é dos mais graves - mas não é o pior.

O pior analfabeto é o analfabeto espiritual. Aquele que só sabe olhar para fora sem olhar para dentro de si. Que não percebe que existe para o homem um caminho de elevação, de aperfeiçoamento, de evolução de consciência.

O analfabetismo espiritual leva ao analfabetismo moral, e o analfabetismo moral leva ao analfabetismo político.

O homem que busca Deus dentro de si, o homem que busca conhecer a Verdade, o homem que trilha o caminho que o leva para mais perto de Deus, é um homem mais consciente de seus deveres de cidadão.

O analfabeto espiritual acha besteira esse papo de espiritualidade, de autoconhecimento, de expansão de consciência. E é exatamente essa inconsciência que faz dele a pior espécie de analfabeto que existe.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A verdadeira revolução

Lendo o livro 100 Maneiras de Motivar as Pessoas, do advogado Scott Richardson, em coautoria com Steve Chandler, encontrei uma frase de Gandhi e fiquei meditando a respeito:

"Você deve ser a mudança que deseja ver nos outros".

Seu eu quero que uma pessoa seja mais calma comigo, eu preciso ser mais calmo com ela.

Seu eu quero que um amigo seja mais próximo de mim, eu preciso me aproximar mais dele.

Seu eu quero que as pessoas me escutem, eu preciso saber escutar as pessoas.

Seu quero que me tratem com gentileza, eu preciso ser gentil.

Se tudo o que a gente quer melhorar nos outros fosse em nós mesmos melhorado conheceríamos também a mudança nos outros.

É uma frase muito profunda, essa de Gandhi, que nos desafia a primeiro cuidar de nós, dos nossos defeitos, de nossas falhas, de nossos vícios. Mudando a si mesmo o homem consegue mudar o mundo, esta é a verdadeira revolução.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Dois erros que um presidente da OAB não poderia cometer

O presidente da OAB Florindo Poersch cometeu dois imaturos erros no processo eleitoral de 2010, com consequências desastrosas para a sua imagem, que findou atingindo, lamentavelmente, também, a boa fama que desfruta a instituição que ele representa.

O primeiro erro: andar pra cima e pra baixo com Tião Viana, candidato do PT a governador do Acre, como se fosse um vassalo do poder.

O segundo erro: tomar partido na briga entre Demóstenes Nascimento e João Correia, em favor de Demóstenes Nascimento.

Em relação ao primeiro erro: isso é um indigno atentado a independência política da OAB e as nossas tradições históricas, uma afronta a consciência jurídica da classe dos advogados.

Em relação ao segundo erro: foi em decorrência do primeiro, já que ele está subordinado ao Senador Tião Viana. O presidente da OAB, numa situação como esta, deveria ficar equidistante das partes agindo como um estadista, um defensor da boa convivência democrática, um promotor do aperfeiçoamento institucional.

Se a primeira gestão de Florindo Poerch a frente da OAB trouxe saborosos frutos para a advocacia, a segunda tem sido para nós um motivo de vergonha. Diante desses fatos omitir minha opinião consistiria em trair meu dever profissional.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A automotivação do advogado e o papel da OAB

Em todas as profissões encontramos pessoas desmotivadas com o que fazem.

Algumas são desmotivadas porque não se encontraram ainda vocacionalmente. Outras, porque não motivam a si mesmas a continuar.

Sonharam em ser médicos, em ser advogados, em ser engenheiros, professores, jornalistas, empresários, políticos etc., mas quando alcançaram o sonho viram que não era bem como pensavam, e se fixaram no ponto negativo das coisas.

Tenho visto alguns advogados desmotivados com a profissão. E quando você está desmotivado tende a falar mal da advocacia contribuindo para seu enfraquecimento.

A desmotivação, em grande medida, é de responsabilidade de nós mesmos, que nada fazemos para nos automotivarmos.

Ler livros que redesperte nosso vigor intelectual, assistirmos a filmes que reanime nossa vontade, estarmos na companhia dos motivados, acreditarmos na profissão que escolhemos, são maneiras simples de energizar nossas potencialidades.

Uma advocacia motivada é uma advocacia forte, próspera, mais irmanada, mais essencial à administração da justiça.

Fazendo par com a automotivação, é dever da Ordem dos Advogados do Brasil ser a promotora dessa motivação, sendo a voz firme em defesa da advocacia, mantendo independência em sua atuação, dando condições objetivas para que os advogados vejam que vale a pena se dedicar a profissão que escolheram.