sábado, 30 de outubro de 2010

Viagens retóricas de um criminalista

Do livro O Criminalista, de Vinícius Bittencourt:

"Vivia em permanente exercício da palavra para dar a minha prosa, escrita ou falada, o poder da doutrinação filosófica, aliada a harmonia poética e a penetração musical.

Minha oratória transportava os ouvintes a todas as épocas históricas, fazendo-os visitar palácios, templos, presídios, túmulos, teatros, praias, necrotérios, jardins de infância, monumentos, parques, museus, bibliotecas e tudo o que se pode imaginar.

Minha peça de defesa era a exposição científica e simultaneamente romântica, patética, da paixões que exaltam ou deprimem a alma humana. Nela desfilavam, com suas criações antológicas, dramaturgos e poetas. De Shakespeare, Byron, Dante, Ghoete, Petrarca, Camões, Castro Alves, , Baudelaire e muitos outros, sabia eu, nos originais e de cor, os mais brilhantes textos".

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