quarta-feira, 29 de junho de 2011

O poder simbólico da gravata

O texto que segue faz parte do livro Advocacia E Oratória Ou Do Homem De Bem Que Sabe Falar, de minha autoria. O debate é atual e diz respeito a maneira do advogado de se vestir.

O uso da gravata não é mais privilégio dos doutores da lei. Pastores, executivos, jornalistas e muitos outros a tem como ingrediente importante de sua indumentária profissional.

Para uns, a gravata nasceu na Antiga Roma, quando oradores usavam um pedaço de seda em volta do pescoço para ajudar a aquecer as cordas vocais, antes de pronunciarem seus retumbantes discursos. Observe que ela tem estreita relação com aqueles que usam a palavra como principal ferramenta de trabalho.

Para outros, a gravata tem origem etimológica na palavra croata, que era um bando de cruéis mercenários que amarravam lenços em volta do pescoço antes de partirem para as sangrentas batalhas. Veja que isso também tem relação com os profissionais acima citados. Numa interpretação raivosa e preconceituosa eles são "um bando de urubus mercenários que nas batalhas diárias fazem de tudo para ser dar bem".

Quando estava em início de carreira como advogado, um certo juiz amigo meu aproximou-se de mim e me chamou a atenção: "Quem tira a gravata perde a autoridade". Meditei a respeito, e hoje só muito raramente a deixo de usar.

No cotidiano forense e policial pude perceber uma sutil e importante diferença na forma com são tratados os profissionais que usam e os que não usam a gravata em suas atividades profissionais.

Muito embora a autoridade de uma pessoa não esteja na roupa que veste, a psicologia das vestimentas muito conta na vida diária de todos os profissionais, e até mesmo revela sua personalidade.

Um profissional sem a gravata passa uma certa mensagem inconsciente de insegurança, de derrotismo, de insucesso e até mesmo de relaxamento profissional.

Não podemos desconhecer o poder do simbolismo, não podemos ignorar as sutilezas que envolvem as complexas teias das relações humanas. O modo como você se veste em muito conta na hora de definir seu futuro profissional.

A liderança servidora

James Hunter é o autor do famoso livro O Monge e o Executivo, cuja ideia central é a construção da liderança baseada no servir. Só quando o líder estiver preparado para servir é que se pode considerá-lo um verdadeiro líder.

Em seu outro livro, Como se Tornar um líder Servidor: Os Princípios de Liderança do Monge e o Executivo, Hunter cita diversas vezes o exemplo de Jesus, que constantemente dizia aos seus discípulos que tinha vindo para servir e não para ser servido, e que quem quisesse ser o primeiro tinha que saber servir.

Hunter sabe o que diz. Segundo ele mesmo, estuda o tema liderança há mais de 35 anos, com entusiasmo sempre renovado. A leitura dos livros de Hunter é imprescindível para aqueles que se interessam pelo tema. Quem os lê sai com uma visão mais rica do conceito de liderança.

Escrevo abaixo algumas frases do autor, de fundamental importância para o autoaperfeiçoamento do líder:

“O maior indicador de saúde ou doença organizacional está na liderança ou sua ausência”.

“Liderança é aquilo que somos”.

“Liderança tem tudo a ver com caráter”.

“Liderança é a capacidade de influenciar os outros para o bem”.

“Você não precisa esperar ter um cargo de chefia para exercer sua liderança”.

“Liderança é responsabilidade”.

“A vida não é tanto o que acontece, mas a maneira como reagimos ao que acontece”.

“A autoridade é a essência de uma pessoa, está nela”.

“Se você quer liderar você deve servir”.

“Quando surge uma crise é que se descobre quem é quem”.

“As qualidades do amor representam a essência da liderança”.

“A paixão é uma qualidade essencial da liderança”.

“Os seres humanos sentem a necessidade de serem apreciados”.

“Ouvir é uma poderosa arma de sedução”.

“Dê o melhor de si”.

“Se você não acreditar no mensageiro não vai acreditar na mensagem”.

“Seja o líder que deseja que seu líder seja”.

“Caráter é a nossa força moral”.

“Disse Dale Carnegie que 75% do sucesso de um líder está ligado as habilidades interpessoais”.

“A verdadeira motivação é manter a pessoa entusiasmada”.

“O líder precisa assumir seu lado missionário”.

“As pessoas querem fazer parte de algo especial”.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O líder diante das tempestades

Imagine você seguindo um líder que diante das tempestades da vida fosse o primeiro a correr, a reclamar, a vacilar, a fraquejar? Com certeza esse não seria um líder de verdade. Faltaria nele a firmeza, a segurança, a coragem, a confiança, valores grandiosos num líder. O desequilíbrio é sinal revelador de que à uma pessoa foi atribuída erradamente o papel de líder.

Hoje, muitos livros abordam a capacidade de liderança de Jesus Cristo. Num desses, que li há algum tempo, de autoria de Bob Briner e Ray Pritchard, intitulado Lições de Liderança de Jesus, os autores abordam exatamente o conhecido episódio narrado em Marcos 4. 31-40, em que Jesus acalma uma tempestade de ventos - que levantava ondas furiosas, prestes a afundar o barco - trazendo paz para tantos discípulos amedrontados.

Segundo os autores do livro " um líder tem que se manter calmo em meio à tempestade. Dias turbulentos certamente virão, e, quando chegarem, é imperativo que um líder mantenha seu autocontrole e sua calma, para que seja uma influência tranquilizadora e positiva".

E concluem os autores: "Da mesma forma como os assombrados discípulos começaram a questionar sobre a identidade de Jesus após ele, de forma milagrosa, acalmar os ventos e as enorme ondas, os seus liderados falarão sobre você com enorme respeito, e admiração após você guiá-los a bom termo através de uma tempestade".

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Líderes insubstituíveis?

Existe uma frase famosa que diz que "ninguém é insubstituível". Ouço isso desde criança. A frase fere um pouco o ego de muitos líderes.

O líder que tem consciência de si sabe que a arrogância é o caminho da queda, e que a humildade é caminho dos sábios, e que a humildade, como diz Osho, é a porta onde o divino canta as suas canções em nós.

A pessoa que se acha insubstituível ainda não deu os primeiros mergulhos dentro de si mesmo. Li em algum lugar que o cemitério está lotado de pessoas insubstituíveis.

Agora, a palavra insubstituível pode ser usada num contexto positivo. "Você é insubstituível. Você é importante, você é o responsável por si mesmo, você é único, é singular, é filho de Deus, merece ser feliz".

Por melhores que sejamos, por mais competentes, por mais sabidos, por mais isso ou aquilo que achamos ser, ninguém é insubstituível. Sempre, mais isso é sempre mesmo, existirão líderes inferiores e superiores a nós mesmos, prontos a ocupar nossos lugares.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

ASSOCIAÇÃO DOS CRIMINALISTAS EMITE NOTA DE APOIO AO PODER JUDICIÁRIO

Um grupo de advogados representando a Associação dos Advogados Criminalistas do Acre - ACRIM, visitaram, na tarde de ontem, o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Acre, Desembargador Adair Longuini, ocasião em que entregaram nota de solidariedade e apoio a luta do Poder Judiciário por melhores condições orçamentárias.


Os advogados frisaram a importância dessa iniciativa para consolidar o debate sobre a independência das instituições acrianas, princípio basilar num estado democrático de direito.

O Presidente do Tribunal de Justiça, Desembargador Adair Longuini, por sua vez, demonstrou contentamento e gratidão pelo apoio da classe dos criminalistas e aproveitou a oportunidade para fazer uma breve exposição das propostas que o Poder Judiciário vem levantando, sendo a principal delas, a independência financeira do Judiciário, fundamental para que este Poder cumpra sua misssão constitucional. Veja abaixo o teor da nota.

A Associação dos Advogados Criminalistas do Estado do Acre – ACRIM, vem por meio desta, manifestar seu apoio e solidariedade ao Poder Judiciário do Estado do Acre em sua luta pela isonomia entre os Poderes.

A ACRIM, por força dos seus ideais fundamentais, acredita que o principal alicerce da independência e harmonia entre os Poderes, princípios idealizados por Montesquieu, é justamente a igualdade entre estes, que são, em um conceito singelo, o tripé onde se apóiam os valores sociais e democráticos. Desta forma, um Poder jamais poderá sobressair ao outro.

No que concerne a luta do Poder Judiciário acriano para efetivar sua maior participação na construção da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a ACRIM objetiva tão somente o estrito cumprimento da legalidade, das normas constitucionais e dos anseios do legislador ordinário.

A luta alçada pelo Poder Judiciário acriano contempla principalmente, a nosso ver, a efetividade de seus serviços para com a sociedade, vez que com o orçamento estatal distribuído de forma mais isonômica, evidentemente o Judiciário terá mais condições de atender qualitativamente os jurisdicionados.

Há de se destacar, ainda, que por se tratar de um preceito constitucional, a maior participação do Poder Judiciário na construção da Lei de Diretrizes Orçamentárias atinge a comunidade jurídica como um todo, que não pode permanecer inerte frente a esta discussão.

De modo que como é função do Advogado defender os princípios basilares do Estado Democrático de Direito e principalmente a Constituição Federal e a Estadual, a classe, até por um dever estatutário, não pode se calar diante deste tema, que lhe é de suma importância.

Dito isto, a Associação dos Advogados Criminalistas do Estado do Acre – ACRIM, não se queda ante a polêmica do tema e vem se solidarizar com o Poder Judiciário do Estado do Acre e atestar que estará a postos e a disposição sempre que se fizer necessária a defesa dos princípios legais.

Rio Branco (AC), 22 de junho de 2.011.

ACRIM
Associação dos Advogados Criminalistas do Estado do Acre.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

A conduta do líder

É muito comum, e extremamente verdadeira e perene, a assertiva que diz que não adianta só falar, que a pessoa tem que praticar o que diz, o que ensina, o que prega.

Deve haver coerência entre a teoria e a prática. O exemplo maior de eloquência é praticar, é viver aquilo que ensina, que fala, que prega, que diz.

O líder só é líder se for um exemplo de conduta.

Dizem que São Francisco, no leito da morte, pediu a seus discípulos que pregassem o Evangelho em todos os lugares, a todas as criaturas, e que só usassem as palavras caso fossem necessárias.

Ou seja, a prática, a vida, o exemplo, a conduta é o maior instrumento de convencimento que um líder pode ter. Quando precisar usar palavras, estas brilharão como as estrelas no firmamento em noites de verão.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Foi melhor assim!

Hoje tive que exercer com muito esforço, suor e determinação o que chamamos de domínio de si, para não dizer umas verdades para um procurador de justiça.

Foi melhor assim; para mim, para ele, para a boa convivência entre advocacia e Ministério Público. Às vezes temos que engolir alguns sapos, e sem o autocontrole isso não é fácil.

Diziam os antigos gregos que o domínio de si é o supremo domínio.

Exatamente por esses dias lia o livro Lições Zen: A Arte da Liderança, compilado por Thomas Cleary. É um conjunto de textos que ensinam, à maneira Zen, a arte de liderar a si mesmo e os outros.

E para não dizer umas poucas e boas para o procurador, a lembrança da leitura foi providencial. O título do texto é Domínio Interior, Retidão Exterior, e diz com simplicidade:

"Quando eu era jovem ouvi essas palavras de meu pai: ' Sem domínio interior, não se pode ficar de pé; sem retidão exterior, não se consegue agir'. Essa frase vale praticar por toda a vida; nela está resumida a obra dos sábios e dos santos. Sem isso, tudo perde a ordem".

Graças a Deus, graças à lição dos sábios e dos santos, é que aqui estou de pé e agindo, contando a história, e sentido ordem dentro de mim mesmo, após dominar uma vontade voraz de dizer umas verdades para um procurador de justiça. Foi melhor assim!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A liderança espiritualizada

Uma nova fase da humanidade, que muitos chamam de Nova Era, vem despertando nos homens um interesse mais profundo pelo tema da espiritualidade.

A espiritualidade no sentido mais de autoconhecimento, do "conhece-te a ti mesmo", do que no sentido de crenças, de fé cega, de fanatismo religioso.

O filósofo brasileiro Mário Sérgio Cortela, no livro Qual a Tua Obra? Inquietações Propositivas sobre Gestão, Liderança e Ética, diz que "o líder espiritualizado - mais do que aquele que fica fazendo orações e meditações - é aquele capaz de olhar o outro como o outro, de inspirar, de elevar a obra, de buscar um sentido para a vida, sabendo que esta, mais do que um fardo, é uma a realização de uma missão".

Muito se ouve falar em inteligência emocional, em espiritualidade no trabalho, em inteligência espiritual, em ser líder de si mesmo, em ser mestre de si mesmo, em governar a si mesmo, tudo isso faz parte da necessária construção da liderança espiritualizada, que é a que conduzirá a civilização para patamares mais elevados de consciência.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O líder é um diplomata

"É melhor lidar com bicho do que com gente". "Lidar com gente é coisa complicada". "Coisa difícil é lidar com gente". Quem nunca ouviu frases como essas?

Líder que é líder tem que saber lidar com gente. É difícil, é complicado, é muitas vezes estressante. É arte, é ciência.

Cada cabeça, uma sentença. Cada ser é único, é original. Deus não faz cópias. E grande parte do segredo de saber lidar com gente pode ser resumida na frase seguinte, tirada do livro de Jamil Albuquerque, A Arte de Lidar com Pessoas:

"A habilidade em expressar-se e a inteligência interpessoal bem trabalhada são o diferencial entre o fracasso e o êxito nos relacionamentos pessoais e profissionais".

O referido livro traz lições simples, e uma delas diz para sermos diplomatas. Vejo a diplomacia como uma qualidade imprescindível para o sucesso de uma pessoa. Lembro-me que uma das primeiras orientações que li a respeito da arte de advogar dizia: "o advogado há de ser um hábil diplomata."

Bem diz Jamil Albuquerque: "Se você quiser crescer terá de saber compor". Ser diplomata é isso, saber compor. Em resumo, ser diplomata é seguir o caminho da água. É uma grande ciência, essa de saber lidar com as pessoas, fundamental na arte de viver bem.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Os verdadeiros oradores assumem o comando

Uma frase do livro Como se tornar um Comunicador Fora de Série, de Timothy Koegel, bem resume o que podemos ilustrar como grande orador: "os verdadeiros oradores assumem o comando".

Quando você escuta um comunicador fora de série sente que ele está no comando do que diz. Dele exala a sensação de segurança, naturalidade, preparo, carisma, liderança, domínio, consciência da mensagem e de seus propósitos.

Um orador que não estar no comando costuma causar constrangimento nas pessoas que lhe ouvem. Por isso não é raro o desconforto, que leva muitos ouvintes a abandonarem o auditório, em busca de um alívio.

Grandes oradores são líderes natos, são espécies de ímãs que atraem a energia dos ouvintes, devido principalmente a forma apaixonada, convicta e entusiasmada de transmitirem suas mensagem. Assim são esses homens imprescindíveis.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

As 3 lições de um beija-flor

Li no livro Vá com Calma: discurso sobre o zen-budismo, de Osho, a bela história que segue, cheia de significados multidimensionais.

Certo dia um homem capturou um beija-flor que estava comendo as frutas de seu pomar.

O beijar-flor disse que caso fosse solto lhe ensinaria três preciosas lições para a vida. Assim o homem o libertou.

Ao voar para longe do alcance do seu algoz, disse o beija-flor: "Não se arrependa do irrevogável, não acredite no impossível, não busque o inatingível".

Depois de dizer isso o beija-flor deu uma gargalhada e falou ao homem: "Se você tivesse ficado comigo acharia dentro de mim uma pedra preciosa do tamanho de um limão".

O homem ficou furioso. E começou a subir na árvore para pegar o passarinho. Quanto mais subia, mais o beija-flor ia se distanciando, até chegar ao ganho mais fino da árvore, ocasião em que o homem caiu, esparramando-se pelo chão, todo quebrado.

Então o beija-flor começou a explicar: "Ao me soltar você se arrependeu, mesmo sabendo que isso não tinha mais volta. Você acreditou no impossível, ou seja que num passarinho do meu porte pudesse conter uma pedra preciosa do tamanho de um limão. E ao tentar perseguir um passarinho numa árvore você quis pegar inatingível".

E concluiu o beija-flor: "A sabedoria é para os sábios".

quarta-feira, 8 de junho de 2011

"Você não tem medo de mim?"

Daniel Golfinho "preferia viver de acordo com seus princípios, e não se arrependia, embora às vezes se sentisse solitário".

O Golfinho: a história de um sonhador, de Sergio Bambarém, é um livro bem ao estilo de O Pequeno Príncipe e de Fernão Capelo Gaivola, parece coisa para criança e adolescente ler, ou assistir, já que a obra, que vendeu mais de 1o milhões de exemplares, virou filme de animação.

O Golfinho é uma metáfora da vida. Fala de sonhos, de medos, de superação de limites, de destino, de busca da felicidade, da busca da "onda perfeita". Daniel perseguiu seu sonho com tanto entusiasmo que o mar passou a conversar com ele: "Muitos de nós não estamos preparados para superar nossos fracassos, Daniel, e, por isso não somos capazes de cumprir nosso destino. É fácil insistir em algo que não traz risco".

O golfinho, pelos seus atributos de comunicação, liderança, coragem, inteligência, desprendimento, agilidade e vigilância, é símbolo do advogado criminalista. Numa passagem do livro, na busca da "onda perfeita", Daniel Golfinho depara-se frente a frente com um temível tubarão, e passam a se entreolharem. O tubarão, com voz sinistra, pergunta: "Você não tem medo de mim? Tubarões comem golfinhos". Daniel, responde: "Não, não tenho medo de você". E diante de tanta coragem o tubarão se rendeu ao espírito de Daniel.

Ao encontrar tubarões pelo caminho dos nossos sonhos devemos saber que o medo alimenta e agiganta nossos adversários. Mas nossa coragem os sobrepujam. Daniel sempre sempre lembrava uma lição que ouviu do mar: "Como é que você quer ser sábio sem enfrentar os seus medos?".

"Você não tem medo de mim?"

"Não, não tenho medo de você".

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sabedoria judiciosa

Li num livro intitulado Onde Existe Luz, do grande místico indiano Paramahansa Yogananda, uma expressão que cativou minha atenção: sabedoria judiciosa.

Sabedoria é sempre sabedoria. Mas gostei da força espiritual que ganhou a expressão "sabedoria judiciosa".

Apareceu no contexto de uma oração de Yogananda: "Dá-me senhor sabedoria judiciosa para que eu siga os caminhos da justiça. Que eu desenvolva a faculdade de discernimento, que detecta o mal, mesmo em formas mais sutis".

Antes de falar em julgamentos, escrever peças e textos, gosto de mentalizar uma oração que aprendi nos meus tempos de menino: "Vinde Divino Espírito Santo fonte de toda ciência derramai Vossa luz sobre a minha inteligência".

Num julgamento coletivo peço diferente: "...derramai Vossa luz sobre nossa inteligência".

Todos precisam desta luz divinal, advogados, juízes, promotores e jurados, para que o fazer justiça seja obra de uma sabedoria judiciosa, que sabe pesar, medir, examinar, perscrutar, discernir, ver a verdade além do véu das aparências.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ah, se eu soubesse...

Livraria é comigo mesmo. Estava em Natal quando de longe avistei um título que me chamou a atenção: Ah, se eu soubesse: o que as pessoas bem-sucedidas gostariam de ter sabido 25 anos atrás, de autoria de Richard Edler.

Achei a ideia do livro original, e comprei-o. Depoimentos de executivos, de políticos, de advogados, de escritores, de líderes de diversas áreas, recheiam a obra com dicas importantes para a vida, e que segundo eles, se soubessem antes, teriam feito grande diferença em suas carreiras.

Podemos aprender com as nossas próprias experiências e/ou com as experiências dos outros. O importante é que estejamos sempre receptivos a aprendizagem.

Na obra há um depoimento de Morgan Chu, considerado na década de 90 um dos 100 mais influentes advogados dos Estados Unidos: "trabalhar duro é muito importante, mas lembre-se de sentir o aroma das flores durante o dia. Sonhe, cantarole e mantenha sempre um senso de humor".

Essa poesia, de sonhar, de cantarolar, de ver a beleza da vida, de ser alegre, parece algo difícil de fazer ante a rudeza da luta por um lugar ao sol. Mas lembremos que o sol nasce pra todos, e que não precisamos nos tornar lobos uns dos outros na nossa caminhada em busca da felicidade.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Fortalecendo a liderança da advocacia

Como me sinto feliz em saber que o livro Advocacia e Oratória ou do Homem de Bem que Sabe Falar vem cumprindo sua missão.

Missão de despertar vocações, de reanimar sonhos, de regar sementes, de estusiasmar espíritos, de fortalecer a liderança da advocacia!

Constantemente recebo emails, visitas, ligações, de estudantes, de profissionais, de leitores, da área do direito e de outras áreas, externando sentimentos de gratidão e admiração pelo conteúdo da obra.

Quando escrevi o livro foi com esse intuito, de mostrar o quanto a advocacia é uma profissão bela, e como ela se torna mais bela ainda quando é exercida com encantadora eloquência, tendo como condutora das duas, da advocacia e da oratória, a ética, a moral do homem de bem.

Sou grato a Deus por ter me proporcionado a oportunidade de servir a advocacia, inspirando-me a escrever esse livro, que tem auxiliado os caminhos daqueles que buscam essa profissão com a sincera sede de um dia serem verdadeiros advogados.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ouça a voz da experiência!

É muito complexo definir um líder, mas é muito fácil senti-lo. Ele tem o poder da condução, um carisma, um chama. É uma autoridade.

Assim foi Vitorino Prata Castelo Branco, advogado criminalista, que morreu em 1994, aos noventa anos. Morrer com idade longeva parece ser um privilégio dos criminalistas.

Escreveu brilhantes livros ensinando o advogado a falar melhor e a atuar com mais poder, com mais potência, com mais superioridade, dentre eles: O Advogado em Ação, Como se Faz um Defesa Criminal, Advocacia Criminal em Segunda Instância, O Advogado e a Defesa Oral, O Advogado no Tribunal do Júri, A Defesa dos Empresários nos Crimes Econômicos, O Advogado diante dos Crimes Sexuais, Crimes contra o Patrimônio, entre outras obras.

Hoje esses livros são raros, comprei-os quase todos em sebos de São Paulo. Lembro-me, ainda estudante, da avidez com que lia O advogado e o Tribunal do Júri e O Advogado e a Defesa Oral.

No Capítulo I - Como Vencer na Advocacia - do seu livro Advocacia Criminal na Segunda Instância está escrito: "Ouça a voz da experiência, siga estes conselhos, e parta para o triunfo da profissão".

Não duvidei em nenhum momento que existia uma mina nas obras desse grande expoente da advocacia criminal, e venho procurando aprender a cada dia mais com os ricos conhecidos que ele nos legou. Ele costumava dizer: "Se eu venci você pode vencer também".

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Os julgamentos do imperador

Conta-se que o imperador romano César Augusto, em mais um dia de rotina, julgava os casos que lhe chegavam as mãos, e colericamente ia condenando a todos, ninguém escapava, ninguém era inocente.

Um amigo do imperador, chamado Mecenas, ao passar pela porta do tribunal percebeu o que acontecia, e bradou:

- Surge tandem, carnifex! Acorda, carrasco!

O imperador caiu em si, e examinou-se, e suspendeu os julgamentos, e só voltou ao tribunal quando estava com o espírito sereno.

Ao retornar pôde ver muitas injustiças que tinha cometido julgando as pessoas com raiva, e reformou grande quantidade de seus julgados.

Uma história eloquente que dispensa divagações.