sexta-feira, 25 de abril de 2014

As virtudes leônicas do advogado

Rui Barbosa era um advogado em todo o seu esplendor, dignidade e riqueza.
 
Disse certa vez como era seu critério para aceitar ou resolver uma causa polêmica:
 
 "Quando se me impõe a solução de um caso jurídico ou moral, não me detenho em sondar a direção das correntes que me cercam; volto-me para dentro de mim mesmo, e dou livremente minha opinião, agrade, ou desagrade a minorias, ou maiorias".
 
Essa liberdade, essa coragem, essa consciência profissional são virtudes leônicas inerentes a um grande advogado.

O sentir à luz da razão

Hoje fui à Câmara Criminal, e conduzido por um sentimento de justiça, lá falei aos desembargadores:
 
"A palavra sentença, senhores desembargadores, bem sabemos, vem de 'sentir', mas esse sentir, para um julgador, para um juiz, não deve se confundir com emocionalismo, sentimentalismo; esse sentir deve passar pelo filtro da razão, da prova; é um sentir amigo da racionalidade jurídica - racionalidade que era um dos pilares da sabedoria grega antiga, e que também é um dos pilares de uma justiça civilizada."
 
Dentre outros argumentos, os desembargadores, por 2x1, ordenaram a expedição de alvará de soltura em favor de meu constituinte.

O rapport no tribunal do júri


"Estabeleça um rapport", assim diz Carolyn Boyes, no livro Segredos da Comunicação Pessoal.
 
Rapport é um termo da psicologia que tem sido aplicado na área da comunicação, da oratória, para definir a sintonia, a empatia, o carisma, a aproximação, a habilidade de criar vínculos entre o orador e seus ouvintes.
 
Isso no júri é um grande segredo, tem enorme relevância no processo de convencimento dos jurados; é um talento que aflora da inteligência interpessoal.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Todo grande advogado é um humanista

Waldir Troncoso Peres, um dos maiores criminalistas da história do júri brasileiro, dizia: "Não existe um grande advogado que não seja um espírito humanista.
 
O humanismo era um dos pilares da sabedoria grega antiga: o amor à humanidade, a compaixão pelo homem, o anseio de vê-lo transcendendo seus limites, crescendo, progredindo até as alturas do céu.
 
Essa virtude, a do humanismo, fez dos grandes advogados homens imprenscindíveis à defesa do progresso da humanidade; citemos, para não nos alongarmos, três desses advogados humanistas, de que falava Waldir Troncoso Peres: Abrahan Lincoln, Mahatma Gandhi e Nelson Mandela

quarta-feira, 23 de abril de 2014

A questão, porém, é transformar-se

Buda faria uma pequena mas substancial mudança na última palavra da frase de Karl Marx, ficando assim: "Os filósofos até agora se limitaram a interpretrar o mundo, a questão, porém é TRANSFORMAR-SE".
 
Por isso as revoluções falharam, o homem quis mudar o mundo, continuando ele mesmo da mesma maneira: negativo, ambicioso pelo poder, tirano, sem luz na consciência interior.
 
Quando eu me transformo o mundo se transforma, só assim posso ser uma benção revolucionária para a humanidade. A revolução real começa dentro de si mesmo.
 
Diz Lao Tsé: "Se queres acordar toda a humanidade, então acorda-te a ti mesmo; se queres eliminar o sofrimento do mundo, então elimina a escuridão e o negativismo dentro de ti próprio. Na verdade, a maior dádiva que podes dá ao mundo é aquela da tua autotransformação".

terça-feira, 22 de abril de 2014

Osho e a batalha com os filósofos

"Porque eu tenho uma batalha com os filósofos". Foi assim que Osho disse ao seu pai quando optou por cursar Filosofia, e não Medicina ou outro curso que desse dinheiro - a vontade da família.
 
 E para mim, nessa triunfante batalha, nessa gigante epopeia, Osho tirou a filosofia das mãos dos emaranhados filósofos e a devolveu para o seu devido lugar, para sua nobre origem - as mãos simples dos sábios.
 
Filosofia não é um complexo de teorias dificil de entender, que mora nas discussões infindáveis das academias e nas intrigas abstratas da cabeça do homem; filosofia, como sentia e definia Pitágoras, o criador desta palavra, é o amor à sabedoria, é a manifestação sublime de um entendimento, de uma comprensão superior da vida, que se aninha na alma do homem, no coração do homem, no centro do seu eu.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

A importância do promotor para a eloquência do advogado

Aproveitando esse início de feriado para preparar minha defesa num júri de caso passional. Relei-o trechos importantes de A Paixão no Banco dos Réus, de Luiza Nagib Eluf.
 
Como disse numa ocasião Roberto Lyra, um dos maiores promotores do júri brasileiro: "Uma vez convencido deve-se escrever e falar a caráter".
 
Devo muito do pouco que sei do júri aos promotores de justiça - a gente aprende muito com eles, e de certa forma depende deles também para falar bonito.
 
Disse certa vez Waldir Troncoso Peres - em tom de brincadeira, mas revelando grande verdade, quando proferia palestra - que precisava de um promotor que o cutucasse, que o provocasse, para que a eloquência brotasse de seu verbo.
 
É isso mesmo que acontece muitas vezes no júri - quanto mais o promotor nos cutuca, nos provoca, nos acicata, nos chicoteia, mal sabe ele que está fazendo a chama da eloquência nascer no espírito da defesa.

sábado, 12 de abril de 2014

Eu, os livros e os crimes passionais no júri

Selecionando meus livros sobre crimes passionais. O embate entre defesa e acusação, nesse tipo de julgamento, é dos mais profundos e emocionantes na tradição do júri - ressalte-se: quando se trata realmente de autêntico caso passional.

"Advogado, se de verdade o for, não tem outro terreno onde lavrar, outra fonte onde beber, outra sombra onde repousar, senão os livros, sempre os livros". Carvalho Neto, em Advogados: Como Aprendemos, Como Sofremos, Como Vivemos

quarta-feira, 2 de abril de 2014

A advocacia e a filosofia

Folheando este livro que comprei recentemente, de autoria de Jacy de Souza Mendonça, Promotor de Justiça e Professor de Filosofia do Direito, lembrei-me de que há um tempo atrás alguém me disse que tinha ouvido um advogado dizer que 'na verdade eu era mais um metido a filósofo do que um advogado, que a advocacia não tinha nada a ver com essas coisas de filosofia'.
 
Nada a ver? É tão cansativo ter que demonstrar o óbvio!

terça-feira, 1 de abril de 2014

Os crimes na Bíblia

Uma das formas que gosto de aprender direito penal é por meio do estudo de casos reais ou fictícios - um jeito bem americano de aprender o direito.
 
Neste livro, o autor Aniello Aufiero, ilustre advogado e professor, narra os mais famosos crimes cometido na Bíblia - crimes contra a vida, contra a dignidade sexual, contra a família, contra a fé pública, contra a administração da justiça - fazendo um pararelo entre a legislação mosaica - em vigor na época em que eles aconteceram - e seu enquadramento legal, conforme a legislação atual.
 
Um livro que se aprende muitas coisas ao mesmo tempo: história, direito e religião - o conhecimento é algo ontologicamente interconectado.

O milionário de Nazaré


Iniciando esta semana sintonizando a mente na frequência da prosperidade.

"Buscai primeiro o Reino de Deus e tudo o mais vos será acrescentado"; "Eu vim para que todos tenham vida, e vida em abundância"; "O Reino de Deus está dentro de vós". Jesus

"A verdadeira prosperidade sempre tem base espiritual, e a verdadeira espiritualidade tem o poder de fazer prosperar". Caterine Ponder

O maior leitor do mundo

Bhagavan Rajneesh, mais conhecido por Osho, foi um dos maiores leitores que a humanidade já conheceu.
 
Tinha uma biblioteca particular de mais de 150 mil livros. Diz a lenda que ele chegava a ler mais de dez livros por dia.
 
Leu de tudo para poder auxiliar o homem a se compreender melhor.
 
Osho, além de sábio, de místico, de mestre, também era um homem de profunda erudição, um homem da lógica, do intelecto, da razão, da academia.
 
Suas pregações, feitas ao redor do mundo, durante 35 anos, estão reunidas em mais de 600 livros - um manancial de doce sabedoria.
 
Um homem original na sua forma de ser.

O advogado não pode adoecer

Dizem, e em grande parte é verdade, que o advogado é daqueles profissionais que não pode adoecer; seu sustento vem da lida diária com prazos, audiências, atendimentos, etc; não há salário fixo no final do mês para a maioria da classe; isso amedronta, às vezes, até os mais experientes; os que não suportam essa realidade vão procurar outras carreiras jurídicas.
 
Tem que ter fé pra manter-se advogado.
 
Hoje fiquei acamado, e enquanto isso, leio O Livro da Cura, de Osho: "A harmonia interior é a fonte da cura". Essa frase também aponta a causa de muitas doenças.
 
Mas estou feliz, pois estou sendo tratado como um rei.