terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Tributo aos criminalistas

Mês do criminalista.

Sou um deles por vocação. Não santifico o réu, não romantizo a vítima, atenho-me a objetividade dos fatos. Minha oratória é prática, e é dentro desta praticidade que me permito filosofar. 

Reverencio a ciência, a prova, a razão, a demonstração, a lógica, a sobriedade, a imparcialidade e o silêncio do pensar. 

Sou concreto, e é dentro desta concreticidade que me permito abstrair. 

Direito não é só o texto, direito é também o contexto; direito é dialética, direito é humanismo; nada de bitola, de dogmatismo, de estreiteza, de mente rasa, de mesquinhez e negatividade na sua interpretação, na sua valoração, na sua aplicação. 

No tribunal não sou mais do que o juiz ou do que o promotor, porém não consinto que me tornem menos. 

Gosto de ganhar, não gosto de perder júri, por isso escolho minhas causas - mas as minhas maiores lições brotaram do parto das derrotas.

 Minha inspiração continua sendo os sofistas do mundo antigo, os grandes homens e advogados da Grécia, de Roma, da Índia, da França, dos EUA, do Brasil, de todos os tempos e lugares. 

Sem ética e meditação, isso tudo é nada! Críticas e pedradas? Naturais! Valor do criminalista? Sabe aquele que precisa de um! 

Quando convicto da minha verdade, é a ela que eu sirvo. Não atuo para agradar opinião pública, autoridades ou políticos. Diplomacia, sim! Covardia e subserviência, não! Esta não é uma profissão acolhedora para os medrosos e covardes.

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