quarta-feira, 24 de agosto de 2016

O poder retórico da língua grega: concisão e profundidade

"O grego é uma língua concentrada. O que em grego se dizia em uma palavra, em latim se precisava dizer em duas ou três", assim fala o professor Amilcare Carletti, autor da obra Grandes Oradores da Antiguidade: Cícero e Demóstenes."Os antigos gregos falavam de forma densa e breve.

Esta qualidade tinha dois aspectos: síntese e autodomínio. Ao primeiro devemos a capacidade de condensar o pensamento e exprimi-lo em tantas palavras quantas bastem, sem mais nem menos. O segundo combate a tentação da verbosidade, sem amplificações desnecessárias.

Foi desses dotes que nasceu o epigrama, frases curtas, concentradas e profundas na maneira dizer as coisas", diz Heber Salvador de Lima, em Os Deuses que não Morreram: Ensaios de Cultura Grega.

"Para os gregos aristocratas do período clássico quem levasse a sério a língua grega eliminaria a ocorrência de elementos infantis e exagerados na forma de falar", aponta Thomas Cahil no seu livro Navegando no Mar de Vinho: Por que a Grécia é Essencial Hoje?

Os textos acima apontam para duas importantes qualidades que um orador precisa trabalhar: concisão e profundidade.

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